03/12/2014

O Presépio

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O Presépio

Rubem Alves



Menino, lá em Minas, havia uma coisa, uma única coisa que eu invejava nos católicos: no Natal eles armavam presépios e nós, protestantes, tínhamos árvores de Natal. Mas as árvores, por bonitas que fossem, não me comoviam como o presépio: uma cabaninha coberta de sapé, Maria, José, os pastores, ovelhas, vacas, burros, misturados com reis anjos e estrelas, numa mansa fraternidade, contemplando uma criancinha. A contemplação de uma criancinha amansa o universo. Os católicos mais humildes tinham alegria em fazer os seus presépios. As pobres salas de visita se transformavam num lugar sagrado. As casas ficavam abertas para quem quisesse se juntar aos reis, pastores e bichos. E nós, meninos, pés descalços - os sapatos só eram usados em ocasiões especiais - peregrinávamos de casa em casa, para ver a mesma cena repetida.


Nós, meninos, com inveja, tratávamos de fazer os nossos próprios presépios. Os preparativos começavam bem antes do Natal. Enchíamos latas vazias de goiabada com areia, e nelas semeávamos alpiste ou arroz. Logo os brotos verdes começavam a aparecer. O cenário do nascimento do Menino Jesus tinha de ser verdejante. Sobre os brotos verdes espalhávamos bichinhos de celulóide. Naquele tempo ainda não havia plástico. Tigres, leões, bois, vacas, macacos, elefantes, girafas. Sem saber estávamos representando o sonho do profeta que anunciava um dia em que os leões haveriam de comer capim junto com os bois e as crianças haveriam de brincar com as serpentes venenosas. A estrebaria, nós mesmos a fazíamos com bambús. E as figuras que faltavam nós as completávamos artesanalmente com bonequinhos de argila. Tinha também de haver um laguinho onde nadavam patos e cisnes. Não importava que os patos fossem maiores que os elefantes. No mundo mágico tudo é possível. Era uma cena naif, primitiva, indiferente às regras da perspectiva. Um presépio verdadeiro tem de ser infantil. E as figuras mais desproporcionais nessa cena tranqüila éramos nós mesmos. Porque, se construímos o presépio, era porque nós mesmos gostaríamos de estar dentro dele. Éramos adoradores do Menino, juntamente com os bichos, as estrelas, os reis e os pastores - não importando que estivéssemos de pés descalços e roupa suja.


Eu sempre me perguntei sobre as razões por que essa cena, em toda a sua irrealidade onírica, mexe tanto e tão fundo comigo. Não sinto alegria ao contemplar a cena. Sinto uma tranquila beleza triste. Gosto dela. É uma ausência aconchegante. O Drummond escreveu um poema chamado Ausência. Não sei a propósito de que - se era por causa de um amor perdido, de uma pessoa querida que estava longe - a saudade doía. E ele escreveu, para se explicar e consolar:


‘Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.’


É isso: a cena - presente diante dos meus olhos - faz acordar uma ausência na minha alma. Daí a minha tristeza mansa. O presépio me faz lembrar algo que tive e perdi. Essa ausência tem o nome de ‘saudade’. Eu não tenho saudade. É a saudade que me tem. Mora, dentro de mim, a ausência de um presépio. Saudade é sentimento de quem ama e perdeu o objeto do amor. Quem não amou e não perdeu o objeto do amor não sente saudade. Pode ficar alegrinho. As muitas celebrações alegres - não revelarão elas que os celebrantes não sofrem de saudade? Celebram, talvez, porque na sua alma não mora a ‘ausência de um presépio’. Mas o que eu quero, mesmo, é fazer como o Drummond: aconchegar minha saudade nos meus braços. Porque saudade é um estar em mim. Assim, por favor, não tentem me consolar.



Vou transcrever um texto de Octávio Paz. É um dos meus textos favoritos. Por isso quero pedir que você o leia bem devagar. Contemple as vacas do presépio que ruminam sem pressa. Leia bovinamente, como quem rumina...



‘Todos os dias atravessamos a mesma rua ou o mesmo jardim; todas as tardes nossos olhos batem no mesmo muro avermelhado feito de tijolos e tempo urbano. De repente, num dia qualquer, a rua dá para um outro mundo, o jardim acaba de nascer, o muro fatigado se cobre de signos. Nunca os tínhamos visto e agora ficamos espantados por eles serem assim: tanto e tão esmagadoramente reais. Não, isso que estamos vendo pela primeira vez, já havíamos visto antes. Em algum lugar, onde nunca estivemos, já estavam o muro, a rua, o jardim. E à surpresa segue-se a nostalgia. Parece que recordamos e quereríamos voltar para lá, para esse lugar onde as coisas são sempre assim, banhadas por uma luz antiquíssima e ao mesmo tempo acabada de nascer. Nós também somos de lá. Um sopro nos golpeia a fronte. Estamos encantados... Adivinhamos que somos de um outro mundo.’



Octávio Paz está descrevendo uma experiência mística: quando, de repente, as coisas banais do cotidiano se abrem como portas, e somos levados a um outro mundo. Pode ser um perfume indefinível, pode ser uma fotografia que já vimos vezes sem conta, pode ser uma música vinda de longe... De repente experimentamos ‘êxtase’ - estamos fora de nós mesmos, encantados - somos transportados para um mundo que nem sabemos direito o que seja. Já estivemos lá. Não mais estamos. E vem a nostalgia. Quereríamos voltar. A alma sempre deseja voltar. O mundo das novidades é o mundo do seu exílio.



O presépio faz isso comigo. Aconteceu de verdade? Foi desse jeito mesmo? As crianças sabem que isso é irrelevante. Elas ouvem a estória e são transportadas para ela. Pedem que a mesma estória seja repetida, do mesmo jeito. Não querem explicações. Não querem interpretações. A beleza da estória lhes basta. A beleza da estória é alimento para a sua alma. Os teólogos - que fiquem longe do presépio. Suas palavras atrapalham.



A cena do presépio exige a repetição. Há de ser as mesmas bolachas de mel, os mesmos bolos perfumados, as mesmas músicas... Comidas diferentes e músicas novas não têm nada a ver. São profanações. Não pertencem ao presépio. Houve um tempo em que eu tocava piano. Abandonei porque eu não tinha talento. Mas ainda me sobra uma técnica de principiante. Fui ao teclado e brinquei com os hinos antigos. Alguns deles soam como caixinhas de música, a serem cantados baixinho, como se para fazer uma criancinha dormir. ‘Pequena vila de Belém/ repousa em teu dormir/ enquanto os astros lá no céu estão a refulgir...’ A maravilhosa melodia tradicional Greensleeves, que aparece na letra ‘Quem é o infante que no regaço da mãe, tranquilo dormita?’ Depois, o mais querido: ‘Noite de paz, noite de amor! Tudo dorme em derredor...’ E a berceuse. ‘Sem lar e sem berço, deitado em capim...’ E há os hinos triunfantes que exigem os sons triunfantes do órgão que enchem o universo: Adeste Fideles, ‘Surgem anjos proclamando...’



A cena do paraíso é também uma cena maravilhosa e inspirou muitos artistas plásticos. Mas ela não me comove como a cena do presépio. Talvez porque no Paraíso não houvesse crianças. Não existe nada mais comovente que uma criança adormecida. Quem contempla uma criança adormecida tem de ficar bom, tem de ficar manso. Uma criança adormecida não pede festas: pede silêncio e tranqüilidade.






O presépio nos faz querer ‘voltar para lá, para esse lugar onde as coisas são sempre assim, banhadas por uma luz antiquíssima e ao mesmo tempo acabada de nascer. Nós também somos de lá. Estamos encantados. Adivinhamos que somos de um outro mundo.’ Dentro de nós existe um presépio. Na mangedoura, dorme uma criança. O nome dessa criança é o nosso nome. Dorme em nós o Menino-Deus.


(Correio Popular, Caderno C, 24/12/2000.)












25/11/2014

Poema de Natal

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Poema de Natal


Para isso fomos feitos: 
Para lembrar e ser lembrados 
Para chorar e fazer chorar 
Para enterrar os nossos mortos — 
Por isso temos braços longos para os adeuses


Mãos para colher o que foi dado 
Dedos para cavar a terra. 
Assim será nossa vida: 
Uma tarde sempre a esquecer


Uma estrela a se apagar na treva 
Um caminho entre dois túmulos — 
Por isso precisamos velar 
Falar baixo, pisar leve, ver


A noite dormir em silêncio. 
Não há muito o que dizer: 
Uma canção sobre um berço 
Um verso, talvez de amor


Uma prece por quem se vai — 
Mas que essa hora não esqueça 
E por ela os nossos corações 
Se deixem, graves e simples.


Pois para isso fomos feitos: 
Para a esperança no milagre 
Para a participação da poesia 
Para ver a face da morte —


De repente nunca mais esperaremos...


Hoje a noite é jovem; da morte, apenas 
Nascemos, imensamente.


(Vinícius de Moraes)


(in:"Antologia Poética", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 147.)


15/09/2014

Inspirações...

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Cristaleiras.... 












Imagens: Google

10/08/2014

Preocupação com a saúde tem limite

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Preocupação com a saúde tem limite


Quem conhece de cor muitos nomes e efeitos de remédios, sabe os sintomas de várias doenças, tem um arsenal de medicamentos em casa e sempre acha que está sofrendo de algum mal grave pode sofrer de hipocondria, a preocupação exagerada com a saúde.

 “Este distúrbio está intimamente ligado ao medo da morte. Por isso, a pessoa vai muitas vezes ao médico, quer fazer exames sem necessidade e não aceita quando o doutor diz que não está doente, entre outras coisas”, diz Paulo Olzon, clínico geral da Unifesp.

 Segundo Ana Merzel Kernkraut, coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital Israelita Albert Einstein, há também uma relação com a ansiedade. “O foco primário é a ideia de estar doente e as atividades cotidianas ficam em segundo plano, prejudicando a vida pessoal, social e profissional”, explica.

 Além disso, existe o risco de automedicação, uma vez que o hipocondríaco tem o costume de interpretar erroneamente o funcionamento do organismo, achando que está com sintomas.

 Algumas pessoas tomam pílulas por conta própria, enquanto outras deixam de tomá-las por acreditar que seu quadro vai piorar e não acreditar na avaliação dos especialistas. "Eles desconfiam do médico e preferem se informar pela internet", afirma Paulo.

 Ao contrário de outros males, a hipocondria ainda não tem origem reconhecida. As principais teorias são de que seria uma válvula de escape para problemas pessoais, uma consequência da menor tolerância ao desconforto físico ou fruto de sentimentos reprimidos, como raiva, culpa e baixa autoestima.

 O círculo familiar também influencia. Lares em que há obsessão por dietas e treinamentos e mães superprotetoras são exemplos. “A mãe que volta a sua atenção exageradamente para a saúde leva a criança a pensar que conseguirá mais atenção ficando doente”, explica Ana.


Tratamento

Como não existe uma causa única, tampouco há uma medicação específica à venda nas farmácias. “O caminho passa pela psicoterapia, porém o paciente pode desenvolver depressão ou ansiedade e precisar de tratamento clinico com antidepressivos”, diz a psiquiatra Dinah Akerman.

 Paulo Ozon diz que, nesses casos, o mais importante é a relação do médico com o paciente. “O profissional precisa passar confiança, pois conhece o histórico clínico. Além disso, precisa saber ouvir e tentar entender aspectos pessoais. Por isso, o tratamento leva tempo”, conclui.


Faça um teste

Se você está curiosa para saber se tem hipocondria, o Grupo Plena Saúde, criado pelo clínico geral e gastroenterologista José Luiz Ranieri, elaborou um teste. Mas não se esqueça: somente um médico pode fazer uma avaliação correta.


1. Quando você sente alguma dor, você:

 a. Ignora. Logo vai passar. (x)
 b. Se a dor piorar, marca uma consulta médica.
 c. Toma aquele remédio de sempre ou já liga pro médico para marcar uma consulta urgente.


2. Você faz check-ups com que frequência?

 a. Nunca.
 b. Uma vez ao ano. (x)
 c. Mais de uma vez ao ano.


3. Se desconfia que está doente, mas o médico garante que sua saúde está intacta, você:

 a. Acredita nele, volta pra casa e nem encana muito com que ele receitou. (x)
 b. Vai em outro médico a fim de tirar a dúvida.
 c. Procura uma segunda, terceira e até quarta opinião só para ter certeza e toma o remédio que já conhece.


4. Com que frequência você procura sintomas na internet?

 a. Nunca.
 b. Somente quando tenho curiosidade. (x)
 c. Constantemente.


5. Quando tem conhecimento de que algum familiar próximo está com uma doença grave, você:

 a. Sente muito e dá todo o apoio que ele precisa. (x)
 b. Procura saber se a doença pode ser hereditária.
 c. Entra em pânico, corre para o hospital e marca vários check ups.


6. Se o colega de trabalho solta aquele espirro, como você reage?

 a. Deseja “saúde” e continua trabalhando normalmente. (x)
 b. Finge que nada aconteceu, mas fica esperto ao menor sinal de resfriado.
 c. Prende a respiração, sai do lado da pessoa no mesmo momento antes que você se contagie e ainda toma uma vitamina C só para garantir.


7.  Quando você sente uma dor de cabeça, você pensa logo que:

 a. Ficou muito tempo em frente ao computador e precisa dormir.
 b. Está cansado mas fica prestando se a dor piora ou melhora. (x)
 c. Pode ser um aneurisma ou um tumor cerebral, então toma um remédio para amenizar a dor e corre para o hospital.


8.  Quando você vai viajar, você:

 a. Nem leva remédios de emergência. Não vai precisar.
 b. Leva uma bolsinha pequena com alguns antitérmicos e analgésicos leves. (x)
 c. Leva uma mala com antitérmicos, antialérgicos, anti-inflamatórios, analgésicos, anti-histamínicos...


9. Quantas vezes você passa na farmácia por mês?

 a. Nenhuma ou uma vez, no máximo. (x)
 b. Duas ou três vezes
 c. Mais de cinco vezes, com certeza


10. Você costuma procurar nódulos ou pequenas alterações no seu corpo?

 a. Não, nunca.
 b. Sim, mas nunca com frequência. (x)
 c. Sempre.


Resultado
 

Mais respostas “a”
 Você não cuida muito da saúde, o que é um problema. O ideal é fazer um acompanhamento médico e seguir as orientações para estar sempre prevenido.

 Mais respostas “b”
 Você se cuida, procura um médico quando sente necessidade, mas não exagera com relação às doenças e remédios.

 Mais respostas “c”
 Você tem tendência a ser hipocondríaca. Seu medo excessivo de contrair doenças pode se tornar um transtorno psicológico e você pode estar tomando remédio demais. Procure um especialista e não faça a automedicação. 

Empatei "a" e "b"!


Fonte: PORTAL VITAL 
Imagens: Google

07/07/2014

Nossos fios também podem sofrer com as baixas temperaturas

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Solucione sete dramas que atormentam os cabelos no inverno

 (Por Andressa Basilio - atualizado em 27/06/2014)


Ressecamento

Nos dias frios, temos a tendência de usar água muito quente para lavar os cabelos. O problema é que o banho muito quente e prolongado acaba retirando o óleo natural do couro cabeludo, chamado manto hidrolipídico, como explica o consultor de beleza capilar Gennaro Preite. "O manto hidrolipídico é uma camada protetora do couro cabeludo e tem a função de lubrificá-lo, por isso, sua total retirada, provocada pela água quente, pode dar aos fios um aspecto mais áspero e de ressecamento", afirma o especialista.
Um jeito de controlar o problema é lavar os cabelos com água morna. Mas, calma que não somos malvados! Não queremos ver ninguém morrendo de frio, por isso, o especialista nos oferece uma solução muito mais prática: "Você pode tomar seu banho quente como desejar, mas a dica aqui é para, em vez de deixar os cabelos embaixo da água por 30 ou 40 minutos, deixe para lavá-los por último, nos seus cinco minutos finais de banho. Prenda-os ou use touca de banho para evitar molhar os fios antes da hora."
Mas, não é só a água quente que deixa os cabelos mais ressecados. Gennaro explica ainda que no inverno costumamos beber menos água, o que contribui também para o enfraquecimento dos fios. A dica para contornar essa situação é simples e fará bem para a manutenção da sua saúde como um todo: não deixe de consumir bastante líquido, mesmo que as temperaturas estejam baixas.

Oleosidade

O outro lado da moeda também acontece bastante no inverno e é até mais comum. Com o frio já falta coragem para tomar banho, quanto mais lavar os cabelos, não é mesmo? Por isso, nossa tendência é ficar mais tempo sem lavar. O fato de não transpirarmos tanto também ajuda a mantê-los cheirosos por mais tempo. Mas essa demora pode aumentar a oleosidade do couro cabeludo. Além disso, o consultor Gennaro Preite explica que lavar demais com água quente pode tanto ressecar, como, em alguns casos, aumentar essa oleosidade. "Para algumas pessoas, o organismo entende que a retirada do manto hidrolipídico precisa ser corrigida e por isso, acaba produzindo mais desse óleo natural, deixando a cabeleira mais pegajosa. Os mesmos cuidados que evitam o ressecamento, evitam também a oleosidade."

Cabelos quebradiços

Ninguém gosta daquela turminha de fios que insiste em ficar arrepiado. Aqueles fiozinhos de cabelo, o frizz, que teimam em ficar em pé geralmente são causados pela quebra dos fios. Embora cabelos quebradiços aconteçam mais naqueles que sofrem processo químico, no inverno os fios sofrem mais com a ação de fatores externos e, por isso, ficam mais rígidos e quebram mais facilmente.
O consultor de beleza capilar Gennaro Preite afirma que o frio afeta diretamente os fios. "Nessa época, o ideal é não sair de casa com os cabelos molhados, pois a água que fica nos fios se solidifica, facilitando a quebra da fibra capilar. Para evitar que isso aconteça, procura sair somente quando os cabelos estiverem secos. Usar secador ajuda."

Falta brilho

Tá bom, você não deixa seu cabelo ficar oleoso e passa cremes para evitar o ressecamento. Ótimo! Mas, ainda sim existe um outro tormento que costuma aparecer no inverno, a falta de brilho dos fios. "A opacidade aparece principalmente quando você sai na rua com o cabelo molhado. Os fios de cabelo são formados por várias escamas. A água quente faz com que essas escamas fiquem abertas e, por isso, não refletem a luz do dia. Vem daí a perda de brilho do cabelo". O profissional indica que para contornar a situação, a hidratação é a melhor pedida. "Só não adianta querer fazer tudo no inverno. A hidratação tem que ser feita sempre, ao longo do ano, para colher resultados mais satisfatórios. Uma vez a cada quinze dias é o ideal", ressalta Gennaro Preite.

Usar ou não o secador?

Nessa época do ano, o secador vira um aliado, afinal sair no frio com o cabelo molhado pode, entre outras coisas, garantir uma tremenda de uma gripe. Por isso, o secador é muito bem-vindo, desde que não seja com vento muito quente e próximo aos fios. "Evite também escovar os cabelos todos os dias, para não deixar os fios finos e desgastados. O ideal é usar o secador para apenas secá-los e depois, caso o secador tenha essa opção, use um jato de vento frio para que as cutículas capilares abertas com o calor se fechem e não ocorra o ressecamento", aconselha o consultor de beleza. 

Queda do cabelo

Você sabia que a estação é a mais propícia para as quedas de cabelo? Isso porque, além dos motivos citados acima, como ressecamento e lavagem em menor frequência, a queda de cabelo acontece também porque estamos mais dispostos a comer comida mais gordurosa e porque nosso sistema imunológico fica mais fragilizado com o frio. Outro fator que pode influenciar é o aumento do estresse, típico do fim do semestre.

Uso de acessórios

Prendedores, chapéus, boinas e toucas de lã contribuem para dar o tom "chique" do inverno. No entanto, eles podem também trazer alguns perigos às madeixas. Gennaro ensina que o uso constante desses acessórios contribui para o aumento da oleosidade, pois abafam o couro cabeludo, favorecendo, também, a proliferação de fungos e bactérias. "Esses acessórios precisam ser higienizados pelo menos uma vez por semana com um bactericida. Além disso, é bacana que se alterne o uso deles. Se foi de chapéu hoje, não o vista amanhã. Lembrando sempre de jamais colocar algo na cabeça enquanto o cabelo estiver molhado", indica o especialista. 



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