10/08/2014

Preocupação com a saúde tem limite






Preocupação com a saúde tem limite


Quem conhece de cor muitos nomes e efeitos de remédios, sabe os sintomas de várias doenças, tem um arsenal de medicamentos em casa e sempre acha que está sofrendo de algum mal grave pode sofrer de hipocondria, a preocupação exagerada com a saúde.

 “Este distúrbio está intimamente ligado ao medo da morte. Por isso, a pessoa vai muitas vezes ao médico, quer fazer exames sem necessidade e não aceita quando o doutor diz que não está doente, entre outras coisas”, diz Paulo Olzon, clínico geral da Unifesp.

 Segundo Ana Merzel Kernkraut, coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital Israelita Albert Einstein, há também uma relação com a ansiedade. “O foco primário é a ideia de estar doente e as atividades cotidianas ficam em segundo plano, prejudicando a vida pessoal, social e profissional”, explica.

 Além disso, existe o risco de automedicação, uma vez que o hipocondríaco tem o costume de interpretar erroneamente o funcionamento do organismo, achando que está com sintomas.

 Algumas pessoas tomam pílulas por conta própria, enquanto outras deixam de tomá-las por acreditar que seu quadro vai piorar e não acreditar na avaliação dos especialistas. "Eles desconfiam do médico e preferem se informar pela internet", afirma Paulo.

 Ao contrário de outros males, a hipocondria ainda não tem origem reconhecida. As principais teorias são de que seria uma válvula de escape para problemas pessoais, uma consequência da menor tolerância ao desconforto físico ou fruto de sentimentos reprimidos, como raiva, culpa e baixa autoestima.

 O círculo familiar também influencia. Lares em que há obsessão por dietas e treinamentos e mães superprotetoras são exemplos. “A mãe que volta a sua atenção exageradamente para a saúde leva a criança a pensar que conseguirá mais atenção ficando doente”, explica Ana.


Tratamento

Como não existe uma causa única, tampouco há uma medicação específica à venda nas farmácias. “O caminho passa pela psicoterapia, porém o paciente pode desenvolver depressão ou ansiedade e precisar de tratamento clinico com antidepressivos”, diz a psiquiatra Dinah Akerman.

 Paulo Ozon diz que, nesses casos, o mais importante é a relação do médico com o paciente. “O profissional precisa passar confiança, pois conhece o histórico clínico. Além disso, precisa saber ouvir e tentar entender aspectos pessoais. Por isso, o tratamento leva tempo”, conclui.


Faça um teste

Se você está curiosa para saber se tem hipocondria, o Grupo Plena Saúde, criado pelo clínico geral e gastroenterologista José Luiz Ranieri, elaborou um teste. Mas não se esqueça: somente um médico pode fazer uma avaliação correta.


1. Quando você sente alguma dor, você:

 a. Ignora. Logo vai passar. (x)
 b. Se a dor piorar, marca uma consulta médica.
 c. Toma aquele remédio de sempre ou já liga pro médico para marcar uma consulta urgente.


2. Você faz check-ups com que frequência?

 a. Nunca.
 b. Uma vez ao ano. (x)
 c. Mais de uma vez ao ano.


3. Se desconfia que está doente, mas o médico garante que sua saúde está intacta, você:

 a. Acredita nele, volta pra casa e nem encana muito com que ele receitou. (x)
 b. Vai em outro médico a fim de tirar a dúvida.
 c. Procura uma segunda, terceira e até quarta opinião só para ter certeza e toma o remédio que já conhece.


4. Com que frequência você procura sintomas na internet?

 a. Nunca.
 b. Somente quando tenho curiosidade. (x)
 c. Constantemente.


5. Quando tem conhecimento de que algum familiar próximo está com uma doença grave, você:

 a. Sente muito e dá todo o apoio que ele precisa. (x)
 b. Procura saber se a doença pode ser hereditária.
 c. Entra em pânico, corre para o hospital e marca vários check ups.


6. Se o colega de trabalho solta aquele espirro, como você reage?

 a. Deseja “saúde” e continua trabalhando normalmente. (x)
 b. Finge que nada aconteceu, mas fica esperto ao menor sinal de resfriado.
 c. Prende a respiração, sai do lado da pessoa no mesmo momento antes que você se contagie e ainda toma uma vitamina C só para garantir.


7.  Quando você sente uma dor de cabeça, você pensa logo que:

 a. Ficou muito tempo em frente ao computador e precisa dormir.
 b. Está cansado mas fica prestando se a dor piora ou melhora. (x)
 c. Pode ser um aneurisma ou um tumor cerebral, então toma um remédio para amenizar a dor e corre para o hospital.


8.  Quando você vai viajar, você:

 a. Nem leva remédios de emergência. Não vai precisar.
 b. Leva uma bolsinha pequena com alguns antitérmicos e analgésicos leves. (x)
 c. Leva uma mala com antitérmicos, antialérgicos, anti-inflamatórios, analgésicos, anti-histamínicos...


9. Quantas vezes você passa na farmácia por mês?

 a. Nenhuma ou uma vez, no máximo. (x)
 b. Duas ou três vezes
 c. Mais de cinco vezes, com certeza


10. Você costuma procurar nódulos ou pequenas alterações no seu corpo?

 a. Não, nunca.
 b. Sim, mas nunca com frequência. (x)
 c. Sempre.


Resultado
 

Mais respostas “a”
 Você não cuida muito da saúde, o que é um problema. O ideal é fazer um acompanhamento médico e seguir as orientações para estar sempre prevenido.

 Mais respostas “b”
 Você se cuida, procura um médico quando sente necessidade, mas não exagera com relação às doenças e remédios.

 Mais respostas “c”
 Você tem tendência a ser hipocondríaca. Seu medo excessivo de contrair doenças pode se tornar um transtorno psicológico e você pode estar tomando remédio demais. Procure um especialista e não faça a automedicação. 

Empatei "a" e "b"!


Fonte: PORTAL VITAL 
Imagens: Google

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Margareth Mazetti Copyright © 2012 Design by Ipietoon Blogger Template